segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

COBREM 2010

Voltei ontem da calorosa Natal, onde participei do COBREM (congresso brasileiro de estudantes de medicina). Em meio a discursos inflamados com propostas de mudanças na saúde, educação médica e formação política dos estudantes de medicina, tive tempo ainda de fazer algum turismo e conhecer pessoas muito interessantes.
Na ida, durante a peregrinação aeroportuária tive de engolir a bacaníssima novidade das companhias aéreas: agora você não passa mais fome com a barrinha de cereais ou o pacotinho ultra-econômico de amendoins que eles te dão, seja a duração da viagem de uma ou de cinco horas. Hoje, eles oferecem deliciosos sanduíches a preços competitivos! Preços competitivos? Além de pagar pela passagem, agora ainda tenho de pagar pelo que consumo dentro do avião? É obvio que eu não comi nada, e não me surpreenderia se eles ainda cobrassem dez porcento pelo serviço. Fico me perguntando sobre o que eles quiseram dizer com “preços competitivos” (não havia nenhum lanche por menos de dez reais).
Natal possui uma população muito receptiva. Fui a uma casa de Forró (Rastapé), cuja faixa etária variava dos zero aos noventa e nove anos. As pessoas eram invariavelmente animadas, e não tinha como ser diferente. Eu e meu “dois pra lá e dois pra cá” passamos vergonha naquele meio, apesar disso ninguém me rejeitou durante minhas corajosas investidas, as moças até se propunham a me ensinar novos passos.
Visitei “o maior ser vivo do planeta” (há controvérsias): o maior cajueiro do mundo, que ocupa um quarteirão inteiro. Para quem nunca viu, ele não é grande em altura, mas sim em comprimento. Realmente impressionante, apesar de seus escassos cajus. Conheci ainda a famosa praia de Pipa, considerada a terceira mais bela do país, onde tive a oportunidade de nadar junto aos golfinhos. Não pensem que qualquer um deles encostou em mim pedindo afago, ou ficaram fazendo coreografias, mas chegaram bem próximos, há menos de cinco metros, o que na verdade chegou a amedrontar. Uma coisa é vê-los em segurança, do barco, outra é estar indefeso em meio a criaturas marinhas que por mais que pareçam sempre amigáveis nos filmes, tem quase o seu tamanho, são mais ágeis que você, e estão em bando. Parecia, no entanto, que eles não estavam afim de confusão, melhor para os dois lados.
Claro que não só de forró e turismo foi feita minha viagem, muito pelo contrário. Como disse antes, fui lá devido ao COBREM. Antes de iniciar esta crônica eu pretendia escrever um relatório sobre os debates e discussões que por lá aconteceram, mas definitivamente isso não faz o meu gênero. Prefiro por aqui, confessar que quase fui apedrejado pelos esquerdistas do movimento estudantil, que tiveram de me ouvir sustentando a ideia de que se eles não tornarem seus debates menos tendenciosos e doutrinários, o movimento nunca será fortalecido de maneira relevante.
Se não houve apedrejamento, por pouco também não se viram chineladas. Acontece que um amigo meu de delegação, enfurecido pela desorganização na ordem de assinar uma determinada ata, resolveu dar fim à aleatoriedade do caminho por qual passava o caderno e aos gritos de “não sabem nem organizar uma fila e querem organizar o movimento estudantil” tomou seu chinelo nas mãos passou a ameaçar qualquer um que se sujeitasse a desrespeitar a ordem correta da fila.
Devo dizer que, independentemente das inclinações políticas de cada um, todos ali eram muito bem intencionados. Todos lutando por objetivos comuns, de melhorar a saúde, a educação médica, e a formação política dos estudantes de medicina. Mas isso tudo até as 2h da madrugada, depois disso, mais do que merecidas, havia festinhas no alojamento, regadas a cervejinha e, na maioria das vezes, um bom samba.
Houve dias em que tocou funk, com a presença ilustre do Bonde das Bandidas, da UERJ, ou um pagodinho contratado pelo pessoal da organização. Talvez essas duas tenham sido as atrações de maior sucesso, mas devo dizer que não consegui me afastar um minuto sequer do samba. Tanto que no último dia, quando a banda Um a Menos (ainda preciso perguntar-lhes a origem do nome), do pessoal da UFPR foi fazer um show, acabaram me convidando pra dar uma canja. Foi sem dúvida uma grande honra.
Como escrevi anteriormente, conheci muita gente bacana, e presenciei vários momentos ora tocantes, ora engraçados (teve até gente sendo escoltada de volta para o alojamento pela polícia, além de uma outra determinada situação que gerou a desde já eternizada frase “tá dando a desgraça”) mas isso também daria outro texto gigantesco. Penso, por fim, que foi uma semana muito enriquecedora. Sinto-me privilegiado por ter este tipo de oportunidade.
Quero portanto, mandar um grande abraço pra todo esse pessoal que conheci: A Evelin da Comunidade, e toda a delegação gaúcha. Pra galera da banda Um a Menos: Lucas, Guarujá e André, e também seu “empresário” Igor. Para o Raphael de São Paulo, que era meu aliado nos debates e conseguiu aprovar diretrizes progressistas e fugir do apedrejamento. Para a Nicole e sua voz fabulosa, também para o Buginga (de “buginganga”, pelo que me disseram) do Maranhão e toda essa simpática delegação. Para o trio parceiro de Blumenau, ao qual já prometi que visitarei assim que puder, junto do qual ainda festarei muito. E por fim para a delegação da UFSC, que comigo festou, comigo debateu, e acima de tudo, tenho certeza, comigo muito aprendeu através desse povo todo com quem convivemos durante esses dias.

Para todos vocês, exceto os últimos, até qualquer hora, ou o próximo COBREM.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Casório moderno

Sábado passado foi celebrado o matrimônio de um primo meu. Casou-se aos 32 anos, o que não teria o menor cabimento há um século atrás. Naquela época, com essa soma de anos o cidadão já estava na meia idade, com a prole mais ou menos encaminhada e sua esposa já uma senhora distinta, de roupas com ares viuvescos, afinal de contas, com as condições de vida existentes, o sujeito que passasse dos 50 já estava no lucro.
Hoje, aos 32, das duas, uma: ou o indivíduo, aquele movido a paixões fulminantes, está no quarto casamento, com um saldo de pelo menos um filho por cada um deles, ou está oficializando a vida conjugal mais ou menos nesta época. São os tempos modernos, que trouxeram a expectativa de vida para cima dos 70 e a consciência de que dá tempo de fazer muita coisa, não precisa afobação.
Pois bem, de lá pra cá, não só o perfil do casal mudou, mas também todo o certame matrimonial. Há muito tempo não havia casamento na família. Eu devia ter uns 12 anos quando fui ao último, e as diferenças eram gritantes, imaginem se comparadas aos do início do século passado.
Casamentos de hora em hora, nos quais todo o garbo do atraso da noiva se perde em meio a multas dadas pelas igrejas por esse costume visto por elas como descabido. Meu pai ainda me contou que há padres, como o da paróquia aqui do nosso bairro que, se a cerimônia deveria começar as 20h e acabar as 20h40, e a noiva decidir tradicionalmente atrasar meia-horinha, fazem o casório em 10 minutos.
Fico pensando como é que acontece nessas ocasiões. Alguma parte da cerimonia o padre tem de pular. Nem que ele reze a missa tal qual um jogo de futebol transmitido pelo rádio, não conseguiria dar conta do recado. Mas que pelo menos haja bom senso.
Imagine o padre dando as instruções para os noivos e padrinhos: “Minha filha, você tem que percorrer esse corredor em meio minuto, não dá pra ficar posando pra foto. Padrinhos e madrinhas, no final da cerimônia, nada de congratulações exageradas. Vou pular aquela parte do prometo amar-te e respeitar-te até o fim dos nossos dias, essa coisa protocolar. Ah, e já fiquem com as alianças no bolso, não vai dar tempo de entrar a daminha de honra”.

Casamentos são bacanas. Reúnem pessoas que você só vê ali e nos funerais. Dia de ficar sabendo que a tia-avó do primo distante enviuvou, que o outro tio foi à bancarrota, perceber que aquela priminha encorpou e tá uma moçona, entre outras novidades pertinentes. Sento-me para aguardar o início do casório e noto que a igreja está relativamente vazia. Comento isso com meu pai e ele argumenta que é fim de ano, nas vésperas de natal, muita gente viajando, e além do mais, a festa já foi.
Como assim a festa já foi? “Pois é, um amigo do seu primo emprestou um salão de festas pra ele, só que final de semana retrasado, então ele preferiu economizar esse dinheiro e fez naquele dia mesmo”. E pra onde nós vamos depois daqui? “Pra uma churrascaria”.
Achei o fim da picada. Pô, há tradições e tradições. O padre querer fugir do protocolo é uma coisa, agora adiantar a festa para duas semanas antes do próprio casamento não dá! Parece justo que duas pessoas jovens, iniciando a vida de casados, tenham de juntar dinheiro para outras coisas, como montar a casa e tal. Mas até as mais pobres famílias fazem vaquinha caso haja necessidade, para que haja um festão. Segundo um amigo meu, na pequena cidade onde ele vive, a tradição é que a festa seja paga pelo pai da noiva. Alias quando ele contou essa história lá, o pessoal ficou alarmado. Chocado mesmo. Ou seja, em cada lugar um costume, mas NUNCA a festa antes! Apesar disso dizem que foi bem bacana, infelizmente não pude ir.
Um capítulo a parte é a escolha das canções que tocarão durante a cerimônia. Estão gradativamente substituindo as músicas eruditas por grandes sucessos da rádio, cinema ou telenovela. “Jesus, alegria dos homens” de Bach, deve ter sido tocada pela última vez no casamento dos meus pais. Sábado passado chegou a tocar até “Amigos para sempre”, que espero, não tenha nenhuma subjetividade particular ou conotações de ato-falho. Não me surpreenderei se daqui uns anos, algum casal moderninho resolver trocar a marcha Nupcial por “We are the champions”, ou coisa que o valha.
Outra coisa peculiar em meio a toda essa modernidade, mas essa todo mundo faz, e é de fato bastante pertinente, é a tal lista de presentes. O casal fecha uma lista com uma loja de artigos para casa e os convidados escolhem, dentre os utensílios, com qual presenteará os noivos. Pelo menos não se corre o risco de ganhar um barco de madeira de decoração, que possui dois metros e não caberá em canto algum, ou um lustre pavoroso, que deixará o casal constrangido quando a pessoa que deu visitar a moradia deles e perceber que ele não só não está pendurado no teto, como não está guardado em lugar nenhum. Apesar disso, soa-me estranho pensar que demos aos noivos um ralador de legumes.

Se a modernidade vem para ajudar, deveria criar um mecanismo diferente, ou até mesmo banir aquelas congratulações aos noivos depois do fim da cerimônia. Forma-se uma fila gigantesca, da qual sempre fazem parte vários furões, ou outros ainda mais espertos que dão a volta por trás e cutucam os noivos pelas costas para evitar toda a fila. E ela anda mais devagar do que fila de banco no dia do pagamento. Bom seria se ficasse um fiscal, ou até mesmo o padre, ao lado nos noivos cronometrando o tempo entre dizeres e abraços, o qual não deveria ultrapassar cinco ou dez segundos por pessoa.
Sábado passado pensei em abandonar a fila e ir bater papo com o Ricardo Prado, aquele grande nadador brasileiro dos início dos anos 80. Ele foi treinador do meu primo e estava lá para prestigiar o casamento. Vi-o na porta da igreja, iria apresentar-me como seu grande fã, dizer-lhe que também sou nadador e inventar algumas conquistas e outras lorotas, já que provavelmente nunca mais o veria. Cheguei a sair da fila, mas não mais o encontrei ali.
Depois fiquei sabendo que ele se enganou em relação ao horário e assistiu ao casamento errado. Deve ter passado a cerimonia inteira impressionado; como meu primo estava diferente, realmente um homem já! E no final, enquanto estávamos, a família toda, em meio a ultrapassagens um tanto quanto desnecessárias, rumando à churrascaria, num comboio que mais parecia aquele desenho “a corrida maluca”, ainda deve ter ficado horas numa outra fila interminável para cumprimentar as pessoas erradas.
À parte essas considerações, os casamentos continuam sendo fantásticos. Todos estes são detalhes, que mesmo somados têm importância diminuta no contexto geral. Independente do dia da festa, da escolha das músicas, da rapidez da cerimônia, enquanto ela estiver acontecendo, as pessoas se emocionarão, porque a noiva estará sempre absurdamente bonita, porque antigos e reprimidos amores agora se tornam impossíveis, porque os filhos estão partindo para uma nova vida, uma nova família, e porque todo o arranjo do acontecimento foi escolhido por seus protagonistas que, num dos dias mais importantes de suas vidas, transbordam uma felicidade comovente, que nos envolve e faz de tudo isso que por ora discorri, algo completamente irrelevante.

PS: Ando meio cansado desses meus finais nada renitentes. Por ora, me parecem inevitáveis.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

De passagem

Tarde dessas voltava para casa não me lembro de onde, quando, numa ruela bem próxima da minha casa ouvi o ronco furioso de um motor de carro, uns cinquenta metros atrás de mim. “Mais um querendo se aparecer.” pensei, afinal de contas, desde que mundo é mundo, ou desde que inventaram os automóveis e os recém graduados motoristas (ou até aspirantes a) são capazes de dar uma volta pelo bairro, sentem uma vontade irrefreável de fazer barulho com o Corsinha 1.0 que pegaram escondido do pai ou com o Opalão 77 emprestado do avô. Injusto, no entanto, seria excluir-me desta trupe, portanto não vejo razão para condená-los.
Acontece que eu era a única pessoa que passava por aquela rua na ocasião, contudo a barulheira não cessava. “Será que é alguém que eu conheço, e tá fazendo uma brincadeira?” . Mesmo assim não me virei para trás. Pouco a pouco o carro foi se aproximando, e quando passou por mim, não pude esconder a cara de espanto. Num desses carros família, tipo Palio Weekend, estava um casal de velhinhos, um vovô ao volante e sua senhorinha no banco do passageiro, olhando fixamente para frente e continuando a fazer um barulho danado.
Definitivamente eles não preenchiam o perfil de pessoas que saem por ai querendo impressionar quem quer que seja pisando no acelerador de um carro em ponto morto, mas se encaixavam perfeitamente naquele que agrupa os pilotos de primeira viagem. Seguiram até o final da rua, que faz uma curva e desemboca numa outra mais movimentada, cujo único sentido possível é uma subida. Ali, o carro morreu.
Por sorte não era a hora do rush. Passei por eles, atravessei a rua e fiquei alguns instantes assistindo. Várias e várias vezes a mesma sequência se repetiu: o velhinho dava a partida no carro, engatava a primeira marcha, pisava no acelerador, o carro não se movia e voltava a morrer. Nitidamente não conseguia sincronizar o movimento dos pedais, e a senhorinha, por sua vez, nada dizia, corroborando a suposição que eu tivera minutos antes, de que eles deveriam ser iniciantes.
Senti uma vontade grande de ajudá-los, passei breves instantes avaliando a situação e cheguei a decisão de que não deveria socorrê-los. Retomei o caminho de casa convicto de que tomara a decisão certa, mesmo sob o olhar reprovador de uma idosa mulher que por ali passava e deve ter confirmado sua opinião de que a juventude hoje em dia é pouco prestativa, mal-educada e inevitavelmente perdida.
Durante meu tempo de reflexão, imaginei algumas possibilidades para aquela cena atípica: Um homem de idade que sempre tivera o sonho de aprender a dirigir, mas nunca teve coragem, ou dinheiro, agora depois de velho estava conseguindo realizá-lo. Ou nunca tivera vontade para tal, mas a vida toda sua esposa pediu-lhe que a levasse passear de carro, e antes do fim da vida ele resolveu aprender para satisfazê-la e subvertendo a lógica, pegou o carro escondido do filho. Ou ainda alguém que sofreu algum acidente e não pôde dirigir durante muito tempo, e agora estava reaprendendo. Sei lá, podia ser qualquer coisa, mas sem dúvida, aquilo era um (re)começo.
Eu poderia me oferecer a ajudá-los, guiar o carro de volta à garagem, deixando-os fora de perigo e tudo mais. Mas imaginem que coisa frustrante. Pensariam os dois “onde estávamos com a cabeça, fazer uma coisa dessas depois de velhos”, seriam repreendidos por seus filhos, se sentiriam incapazes e inconsequentes. Preferi dar-lhes a chance de superar o desafio, com a consciência de que as chances de fracasso não eram pequenas, mas que valia o risco.
Poucas são as pessoas que se propõem a novos desafios depois de certa idade. A maioria julga-se velha demais para aprender, “novidade” deixa de fazer parte de seu vocabulário. Ajudar aqueles velhinhos equivaleria, penso eu, a dar-lhes motivos para pensar desta maneira. O clichê do momento é que devemos aprender a envelhecer. Temos que desde cedo cuidar da saúde, comer bem, fazer exercícios, exercitar a mente, que assim, chegaremos ao centenário. Mas de que valerá chegar lá se não formos capazes de aproveitar, de nos sentirmos capazes para tal?
Desde há algumas semanas, minha inspiração e motivação para isso ganharam um nome: Oscar Niemeyer. Assisti a um documentário sobre imortalidade, que inevitavelmente invocava nosso maior arquiteto. Em meio a um monte de baboseiras, o documentário mostrava uma entrevista com Niemeyer, recém saído do hospital, onde ficou internado para um cirurgia de pequeno porte (se é que aos 102 anos alguma cirurgia pode ser assim considerada), e onde, durante sua internação, se propôs a compôr um samba, em parceria com o enfermeiro que dele cuidava. O documentário mostrou o enfermeiro entoando a canção, que era de fato bonita. Mesmo que fosse pavorosa, pouco importaria.
Niemeyer possui mais de dez projetos em andamento, e numa situação onde a maioria, independente da idade, tem ideias negativistas, ou no mínimo um leve mau-humor, ele se prestou a compôr uma música! Invejável. Literalmente, uma lição de vida.
Ele foi ainda indagado se, se tivesse a oportunidade de tomar o elixir da vida eterna, o faria. Sua resposta? “Se todos tivessem a mesma chance, sim.”. Um homem de 102 anos, com todas as perdas e limitações que o tempo lhe trouxe, numa época da vida com a qual poucos desejam chegar, por imaginar as condições físicas e mentais nas quais provavelmente se encontrariam, dá uma resposta dessas. No mínimo, digna de uma boa tarde de conversa, regada a cervejinha e aperitivos. Alias quem concordar, que me convide.
No fim das contas, cheguei em casa naquele dia pensando em tudo isso. De férias, sem nada de importante para fazer, resolvi deitar no sofá para aquele delicioso cochilo de meio de tarde, embalado pela televisão ligada em volume baixo. Não sei precisar depois de quanto tempo, mas fui acordado de sobressalto, por uma barulheira infernal vinda da rua: um ronco de motor. Com uma sensação boa, preferi não checar de quem se tratava.

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Médico da atenção básica de Sombrio - Santa Catarina. Escreve para o site da prefeitura, neste blog e eventualmente em outro veículos. Estuda filosofia. Toca violão e alguns outros instrumentos, nenhum verdadeiramente bem.